Eram várias as regras que os portugueses tinham que seguir: O divórcio era proibido, assim como ler certos livros, ver certos filmes e ouvir certos discos. As mulheres não podiam entrar na igreja com cabeça descoberta. Muito menos andar sozinhas à noite, ou usar biquíni na praia.
Uma rapariga não podia usar minissaia no liceu. Mulheres casadas só podiam viajar para o estrangeiro com a autorização escrita do marido. Eram proibidos ajuntamentos de mais de três pessoas. E as enfermeiras não podiam casar. Os casamentos das professoras primárias tinham que ser autorizados pelo Ministério da Educação Nacional.
A Guerra Colonial começou em 1961 e foi o período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas colónias — Angola, Guiné-Bissau e Moçambique — entre 1961 e 1974. Mas o governo português da altura teimava em manter a posse das colónias, e por isso enviava para a guerra todos os jovens.
Nesse tempo não se podia criticar o governo, mas como a guerra se arrastava, os mortos eram já muitos e as despesas cresciam cada vez mais. A certa altura, as pessoas começaram a culpar os militares por a guerra não acabar.
Ora, como eles sabiam melhor do que ninguém que uma guerra daquelas nunca poderia ser ganha, resolveram derrubar o governo pela força. Fazer o que se chama um golpe de Estado. Para isso, fundaram o Movimento das Forças Armadas (MFA).
O dia escolhido para entrarem em ação foi 25 de Abril de 1974. De madrugada, militares do MFA ocuparam os estúdios da Rádio Clube Português e, através da rádio, explicaram à população que pretendiam que o País fosse de novo uma democracia, com eleições e liberdades de toda a ordem. Puseram no ar a música “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso, que foi um sinal para os militares avançarem. Em Lisboa, os militares cercaram o quartel da GNR do Carmo, onde Marcelo Caetano se tinha refugiado. A população de Lisboa foi-se juntando aos militares. O que era um golpe de Estado transformou-se numa verdadeira Revolução. Ao fim da tarde, Marcelo Caetano rendeu-se e entregou o poder ao general Spínola, que, embora não pertencesse ao MFA, não pensava da mesma maneira que o governo acerca das colónias.
Os Cravos
O cravo vermelho tornou-se o símbolo da Revolução de 25 de abril de 1974. Segundo se conta, foi Celeste Caeiro, que trabalhava num restaurante na Rua Braamcamp de Lisboa, que iniciou a distribuição dos cravos vermelhos pelos populares que os ofereceram aos soldados. Estes colocaram-nos nos canos das espingardas.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_de_25_de_Abril_de_1974#25_de_abril_de_1974
https://www.juponline.pt/politica/artigo/18098/as-leis-salazar.aspx
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Colonial_Portuguesa
https://visao.sapo.pt/visaojunior/historia-visaojunior/2016-04-14-conta-me-como-foi-o-25-de-abril/
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