quinta-feira, 18 de junho de 2020

POEMAS PREMIDADOS

Poemas do nosso Agrupamento premiados no Concurso de Poesia Interescolas de Gaia - 2020

Guerras

Armas de todo o tipo
e granadas por todo o lado,
uma criança a chorar 
com a mãe a seu lado.
Um homem que, desde criança,
nunca esteve sossegado.

Gritos e berros,
prédios a explodir,
tudo a arder,
pessoas a fugir
e outras a morrer

Pessoas em casa
a ver na sua televisão
pessoas na miséria
sem casa, sem pão.

Nevoeiro em todo o lado,
nada se pode avistar,
Enquanto uns a rir e a beber,
outros no chão,
à frente de seus filhos a morrer.
Afonso Barbosa 7.º C
(escalão G)

"As cores são diferentes mas  também iguais"


Num mundo triste vivemos,
Em que todos querem ser iguais.
Cinzento e branco queremos,
Sem direitos individuais.

Sem cores não há diferença,
Sendo que ela é relevante.
Para pessoas há sentença,
Pois é uma luta constante.

Para o racismo combater,
Aceitação devemos ter.
Amizade é igualdade,
Pois a ninguém devemos roubar a identidade.

Nós não somos melhores que
eles,
Pois eles são lutadores e vencedores.
Gratidão lhes devemos,
Por anos de preconceito e dores.

A escuridão não é o vosso lugar,
Pois não é um lugar para gloriosos.
Não é preciso terem medo de aparecer,
Não percam tempo sem lutar.
Pois vocês são corajosos
E mudam o mundo e a maneira de ser.
Sara Pinho & Vitória Madureira
 7.º A - (Escalão H)



A POESIA É

A poesia é tudo o que se não vê, aquele elemento
Que quando assoma, ofusca e até cega
É um sussurro dissimulado no vento
Ensurdecedora melodia que todos apega

É a mão que repousa na alma que mais precisa
Arrebata os mais descridos com devota sedução
Traz o arrepio onde a aludida fortaleza existia
Derrubando preconceitos erguidos em vã devoção

É aquela palavra inaudita que se grita em silêncio
Carregada na pena de inefáveis sentimentos,
Destila almas despertas em profético anúncio
Saciando a sede em misteriosos momentos 

É admiração e dor na forma mais inédita
De se aventurar na delícia do incógnito
Escrever palavras encontrando-a em nós
Numa convulsão do eu que se liberta

É a minha asa na tua em voo peregrino
Os teus braços envolvendo o meu vazio
O aconchego da pena reescrevendo o hino
Do amor que foi, num abraço nunca frio

A poesia tem o propósito único de existir
Para ser imaginada, no sofrimento e no amor,
Reatar fogos mortiços com fome de resistir
Ao decaimento de emoções, à rendição e ao torpor.
Pedro Peregrino (Escalão O)

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