Entrevista realizada a Sara Pinho, aluna do 7.ªA
O que estás a achar da quarentena?
“Eu acho que a quarentena é só um obstáculo, um exemplo de como nós vivíamos mal a vida. Antes, não queríamos ir para a escola, não queríamos sair e agora nem conseguimos estar um minuto parados. Antes, diziam para estarmos longe dos dispositivos eletrónicos e agora são os nossos melhores amigos. Antes, na escola, algumas pessoas não se falavam só por causa das suas aparências, mas, agora, desesperados, falamos com qualquer pessoa. Nós devíamos parar um pouco e pensar no que a quarentena nos ensinou.”
Como tens vivido esta fase de pandemia? Tens alguns passatempos?
“Como muitos de nós estamos a aprender por plataformas informáticas, os professores mandam-nos muitos trabalhos, portanto posso já dizer que estes são alguns dos meus passatempos, também tenho falado com as minhas amigas o que, por acaso, está a permitir-me conhecê-las melhor. E, como todos nós fazemos, estou a atualizar o meu conhecimento sobre cinema e a pôr as minhas séries em dia. Tenho feito também caminhadas e ajudado a minha mãe com as tarefas domésticas.”
Aprendeste algo até agora? Se sim, o quê? Se não, estás a pensar nisso?
“Aprendi que a escola não era só um sítio para adquirir conhecimentos, mas também um refúgio das discussões de casa, um sítio de convívio, um segundo lar. Tenho aprendido também algumas atividades novas e a aprofundar as minhas antigas atividades.”
De que sentes mais falta?
“Sinto falta da liberdade de dar abraços, de dar carinho, de expressar o meu amor pelas pessoas, sinto falta dos meus amigos, dos professores, do exercício físico, da equitação, das férias, dos passeios de bicicleta com as minhas amigas e dos passeios com a minha cadela. Também sinto falta de estar apressada para ir para a escola e de respirar sem ter uma máscara no rosto.”
Qual será a primeira coisa que vais fazer quando isto acabar?
“A primeira coisa que vou fazer é convidar as minhas amigas para passarmos tempo juntas. Vou dar um passeio na praia e passar o melhor tempo da minha vida.”
Para ti, esta quarentena está a ser um tempo para relaxar ou está a ser frustrante?
“Está a ser um pouco frustrante, pois, sem ofender ninguém, os professores estão a enviar muitos trabalhos e, assim, ficamos responsáveis pelas tarefas da escola e de casa. Eu fico “stressada” facilmente, por isso não tenho muita experiência para falar, mas também está a ser relaxante, dado que depois das aulas e do tempo de estudo podemos sentar-nos a beber um refresco e ver um filme.”
Achas que a quarentena é algo mesmo necessário para esta situação?
“Claro! Se as pessoas não forem obrigadas a ficar em casa, vão sair e ir para os bares, parques e continuar como se a vida fosse a mesma. Portugal já passou por várias situações semelhantes a esta e nós sabemos que todo cuidado é pouco.”
Do que estás a gostar? E do que é que estás a gostar menos?
“Do que estou a gostar mais é de poder ver os filmes que eu não tive oportunidade de ver e poder estar a falar com as minhas amigas. Do que estou a gostar menos é de não ser livre e de não poder entrar em contacto físico com as pessoas que amo.”
Entrevista realizada por Diana Silva, 7.º A
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