Futebol
Este fim de semana há um jogo de futebol mesmo importante! Quem contra quem? Sei lá eu! Fui obrigado, pelo meu pai, a ir ver um jogo de um desporto que pouco ou nada me interessa. Afinal, qual é a graça de ver vinte e duas pessoas, todas atrás da mesma bola, com a esperança de que vá parar à baliza para poder festejar uma vitória que só devia pertencer aos jogadores responsáveis? Se calhar, sou só eu que penso filosoficamente nestas coisas, senão não seria o desporto rei a única coisa com autoridade suficiente para substituir os jornais da noite nos canais de televisão.
Era o que me ia pela cabeça, enquanto um autocarro, a rebentar pelas costuras e comigo lá dentro, navegava pelo infernal trânsito urbano. Obviamente que encontrões e um pouco de claustrofobia me teriam de trazer de volta à realidade. Só de pensar que os passageiros daquele autocarro eram apenas uma pequena porção de todos os zaragateiros que haviam de encher o estádio… apetecia-me voltar a pé para casa sem sequer pensar em ir ver o tal jogo.
Mas já nas escadas para uma fila identificada com uma letra demasiado próxima de Z (e digo-vos que o caminho até lá foi bem longo), tentei comparar aquilo aos matraquilhos lá do café. Quem diria que a felicidade só custava a pequena moeda de 50 cêntimos que o meu pai me concedia todos os domingos… Essa sensação leve de brincar e a avassaladora emoção de vencer! E como somos crianças a jogar, nada tem valor. Vagueamos por entre vitórias, derrotas e empates como as nuvens pelo céu…
O quanto eu não teria dado para trocar estes 90 minutos caluniosos por uma moeda extra para os matraquilhos!
João Braga - 9.º A
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