Leandro rei da Helíria é uma obra bastante interessante que conta a história de um rei que se sentia demasiado velho para continuar a reinar e ficou apreensivo com um sonho que julgava ser um “recado dos deuses”.
Após este sonho, pensou que estava na altura de abandonar o trono. Assim, decidiu testar o amor das suas três filhas e perguntar-lhes o quanto elas gostavam dele. As filhas mais velhas fizeram um discurso muito bonito em que compararam o seu amor ao sol, ao ar e a todos os elementos vitais. A filha mais nova, Violeta, respondeu: “Quero-vos como a comida quer o sal”.
O rei não gostou da resposta da princesa Violeta e expulsou-a do seu reino. Dividiu, então, o reino pelas suas duas filhas mais velhas que, passados alguns anos, o expulsaram.
O rei caminhou durante anos com o seu fiel Bobo por terras desconhecidas. Velho, cansado e cego encontrou o reino da sua filha mais nova. Esta serviu-lhe um banquete, mas os diferentes manjares não tinham sal. O monarca compreendeu, desta forma, o que a filha queria dizer quando comparou o seu amor à necessidade que a comida tem do sal. Pediu perdão a Violeta por não ter percebido que ela era a única filha honesta que realmente o amava.
Leandro amava as suas filhas, mas esse amor apenas era retribuído pela mais nova. As outras mostravam ingratidão e falsidade.
Esta história aborda temas muito importantes, tais como o amor (do rei para com as suas filhas, assim como o de Violeta e Reginaldo), a lealdade e fidelidade (do Bobo), a ingratidão e falsidade (de Hortênsia e Amarílis), a honestidade (de Violeta) e, finalmente, o perdão e o arrependimento transmitidos na última cena, no momento em que Leandro se apercebe do quão injusto tinha sido com a única filha que o amava realmente.
Gostei muito de ler esta obra.
Beatriz Antunes, 7.º C
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