A minha entrevistada é uma empresária, com formação em Auditoria Financeira, pela Universidade de Aveiro, gestora de uma empresa de Consultoria Financeira, que se dedica a apoiar outros empresários na gestão dos seus negócios. Nesta entrevista, faz um balanço sobre o Impacto que o Covid-19 está a ter nas empresas, nomeadamente em pequenos negócios e explica os instrumentos que as empresas têm ao seu dispor para fazer face a esta nova realidade.
• Quais as medidas que as empresas tiveram de cumprir para continuar a sua atividade?
A generalidade das empresas teve de implementar medidas para responder aos constrangimentos desta pandemia, seguindo as orientações da direção geral da saúde. O desfasamento de horários foram novidades introduzidas na relação laboral, podendo ser uma realidade a manter numa realidade pós-covid.
• Qual é o apoio que as empresas estão a ter?
Têm sido criadas medidas que visam estimular a manutenção dos postos de trabalho e proporcionar liquidez às empresas. Fundamentalmente, o Estado está preocupado com a manutenção das empresas que são fundamentais para a produção de riqueza de um país.
Os empresários tiveram de reduzir custos e recorrer ao 'lay-off' (apoio do estado ao pagamento de parte dos vencimentos dos colaboradores), com o objetivo, claro está, de evitar despedimentos por razões económicas e permitir a continuação da laboração das empresas.
As empresas têm, ainda, ao seu dispor, linhas de crédito para apoiar a tesouraria, tratando-se na verdade de endividamento, mas é uma forma de fazer face aos compromissos de curto prazo.
• Quais são, na sua opinião, os negócios mais afetados pela pandemia?
Tem-se vindo a verificar um aumento substancial do número de empresas que apresentam a insolvência ou que simplesmente fecham a porta.
Os negócios relacionados com o turismo e restauração estão a ser dos mais afetados.
Muitos negócios ainda continuam em funcionamento, mas com pesados encargos, colocando em causa a sua continuidade no futuro.
• O que podem as empresas esperar para “sobreviver” a esta situação?
É fundamental que as empresas se munam de informação necessária para que possam tomar decisões, principalmente a curto prazo. Eu diria que pequenos negócios estão a decidir, semanalmente, se fecham portas ou não.
O apoio do Estado e, principalmente dos colaboradores, será a peça chave para as empresas superarem esta situação. Também é fator crucial para o sucesso futuro, a capacidade de mudar e se adaptar à nova realidade, bem como inovar na forma como produzem os bens ou prestam o serviço. Os tempos mudaram e as empresas terão de se readaptar aos novos tempos.
• Podemos dizer que nesta pandemia existem situações positivas para as empresas?
Podemos sempre dizer que há casos de sucesso, nomeadamente, empresas que se têm reinventado e procurado novos caminhos nesta fase, conseguindo reforçar os seus projetos online fortalecendo, assim, a sua aposta no comércio eletrónico. Poderemos dizer que estão numa situação vantajosa, comparativamente com outros negócios mais dependentes da presença física de clientes.
Carolina Coelho - 8.º A
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