"Hoje em dia"
Nos últimos tempos, quando passeio por praias ou
por parques, tenho notado uma certa “desaprendizagem”, por parte das crianças e
dos jovens da minha geração, e sinto também um pouco de despreocupação e ingenuidade, por parte
dos pais.
Digo isto porque cada vez ouço mais barbaridades.
Por exemplo, quando ouço uma criança a dizer ao pai:
̶ Olha uma gaivota! - apontando para um pombo! Isto
num dos casos mais extremos. Ainda assim, todos os dias, sempre que vou passear
para estes locais, ouço mais coisas deste género.
Os pais, ingenuamente, também não sabem e não se
preocupam muito com este tipo de informações. Por vezes, chego a pensar: será
que esta geração vai ter capacidade para lidar com certos problemas?!
Claro que não estou a dizer que crianças pequenas
tenham de saber como uma planta realiza a fotossíntese ou como as aves migram!
Porém, a meu ver, um pouco de cultura geral, de conhecimento acerca do mundo
que nos rodeia também não faz mal a ninguém...
Se hoje em dia os pais incentivassem mais certos
comportamentos ambientalistas e não se limitassem a deixar os filhos a jogar
videojogos, ou a dar-lhes um "tablet" com a "Porquinha Peppa"
às refeições, para não os "chatearem", passassem mais tempo à
beira-mar, ou colocassem mais programas educativos em vez de desenhos
animados... Talvez a nossa geração não tivesse de fazer tantas greves por mais
ações ambientalistas e ecológicas, por parte do nosso governo, pois o povo tem
uma grande influência nos comportamentos que vão ser adotados por quem nos
governa... Talvez até alguns pais, pertencentes ao Parlamento, fizessem o que
referi acima!
Na minha opinião, o grande problema, desde há uns
anos, é que as gerações dos nossos pais e avós pensavam que o que estavam a
fazer, mesmo que trouxesse grandes consequências, ainda demoraria muitos anos a
chegar.
Contudo, estas evoluíram de tal forma que "já
nos estão a bater à porta e a entrar pelas janelas!".
Neste momento, após tudo isto, só resta à nossa
geração lutar pelas medidas governamentais, para reverter os males que já foram
feitos, partilhar e ensinar as soluções para o que não está bem!
David dos Santos Cabral, n.º 5, 9.º C
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