Rúbrica da equipa de jornalistas
Um pouco de história!
As mil e uma máscaras do meu
Carnaval
Adoro o Carnaval!
Sempre me
disseram que nesta época do ano, eu podia ser o que quisesse,… não importava
quão absurdo ou estranho, isso era sempre testado quando era pequena,
pois era uma criança e ninguém me questionava.
No segundo
ano quis ser um monstro e lembro-me na perfeição dos olhares estranhos que as
outras miúdas, mascaradas de princesas, ou de qualquer bonecada, que estava na
moda me deitaram! Mas nunca fui rapariga para ceder a tendências, portanto, fui
a única menina da primária mascarada de lobisomem.
Um ano mais
tarde, depois de nove anos de vida, finalmente consegui acompanhar os inúmeros
filmes da Disney e ler os clássicos apropriados para a minha tenra idade
(“Os desastres de Sofia”; “ O principezinho“;“ As mulherzinhas” etc..). Naquele
ano, com mil ideias a circular na minha pequena cabeça, fiquei destroçada
quando a minha mãe disse que as possibilidades de ir com um vestido digno de
qualquer personagem de Jane Austen eram basicamente nulas! No fim, fui vestida
de Mulan, o que certamente preenchia
os meus ideais. Ela era uma jovem intrépida que mostrava a tudo e todos, que as
mulheres são iguais aos homens, qualidades que eu aspirava ter. E, afinal de
contas, ela também era uma princesa, por isso, apesar de não querer saber da
opinião das pessoas, poderia levar com menos olhares. E por acaso levei, mas
ainda os sentia em mim, como se fosse uma intrusa naquele perfeito conto de
fadas.
No quarto
ano, o último para poder mostrar o meu amor por máscaras ao mundo, sem me
considerarem ainda mais estranha, decidi ir de princesa. Sim, princesa, não
Cinderela, nem Branca de Neve, simplesmente uma genérica princesa cor de rosa.
Finalmente, não fui a intrusa, mas também não fui feliz. Estava igual a toda a
gente, não me sentia eu própria!
E agora em
pleno oitavo ano,1461 dias depois, mascaro-me - infelizmente só em casa - de um
homem colonial, em honra do meu musical favorito Hamilton. E não poderia estar
mais feliz, pois apesar de toda a comercialização desta época, o verdadeiro
espírito do Carnaval, é para nós sermos uma versão mais fantasiada de nós
próprios.
Jornalista
oficial do blog Jorn@lês:
Margarida
Ferreira Nº11 8ºB
Muito bom!!!
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