quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Rúbrica da equipa de jornalistas

Um pouco de história!


As mil e uma máscaras do meu Carnaval

Adoro o Carnaval!
Sempre me disseram que nesta época do ano, eu podia ser o que quisesse,… não importava quão absurdo ou estranho,  isso era sempre testado quando era pequena, pois  era uma criança e ninguém me questionava.
No segundo ano quis ser um monstro e lembro-me na perfeição dos olhares estranhos que as outras miúdas, mascaradas de princesas, ou de qualquer bonecada, que estava na moda me deitaram! Mas nunca fui rapariga para ceder a tendências, portanto, fui  a única menina da primária mascarada de lobisomem.
Um ano mais tarde, depois de nove anos de vida, finalmente consegui acompanhar os inúmeros filmes da Disney e ler os  clássicos apropriados para a minha tenra idade (“Os desastres de Sofia”; “ O principezinho“;“ As mulherzinhas” etc..). Naquele ano, com mil ideias a circular na minha pequena cabeça, fiquei destroçada quando a minha mãe disse que as possibilidades de ir com um vestido digno de qualquer personagem de Jane Austen eram basicamente nulas! No fim, fui vestida de Mulan, o que certamente preenchia os meus ideais. Ela era uma jovem intrépida que mostrava a tudo e todos, que as mulheres são iguais aos homens, qualidades que eu aspirava ter. E, afinal de contas, ela também era uma princesa, por isso, apesar de não querer saber da opinião das pessoas, poderia levar com menos olhares. E por acaso levei, mas ainda os sentia em mim, como se fosse uma intrusa naquele perfeito conto de fadas.
No quarto ano, o último para poder mostrar o meu amor por máscaras ao mundo, sem me considerarem ainda mais estranha, decidi ir de princesa. Sim, princesa, não Cinderela, nem Branca de Neve, simplesmente uma genérica princesa cor de rosa. Finalmente, não fui a intrusa, mas também não fui feliz. Estava igual a toda a gente, não me sentia eu própria!
E agora em pleno oitavo ano,1461 dias depois, mascaro-me - infelizmente só em casa - de um homem colonial, em honra do meu musical favorito Hamilton. E não poderia estar mais feliz, pois apesar de toda a comercialização desta época, o verdadeiro espírito do Carnaval, é para nós sermos uma versão mais fantasiada de nós próprios.

Jornalista oficial do blog Jorn@lês:

Margarida Ferreira Nº11  8ºB

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