Uma casa especial
A casa construída no cimo da montanha, isolada das outras casas da zona, era simples e acolhedora. Esse isolamento conferia-lhe uma enorme magnitude e imensidão. Ao longe, ouviam-se os cânticos de Natal.
Era uma casa de madeira e a estava virada para um grande vale verdejante. No andar de cima existiam duas grandes janelas e uma varanda, onde, todas as manhãs, eu tomava o pequeno-almoço, enquanto observava a paisagem. No andar de baixo havia uma porta branca e duas janelas. Em frente à casa sobressaíam dois grandes pinheiros que, no Natal, eram enfeitados com bolas vermelhas e douradas, misturadas com luzes pequeninas e muito brilhantes, que cintilavam ininterruptamente.
Quem entrava na casa deparava-se com a sala de estar, com um pé direito muito alto e o teto em abóbada. A sala exalava um cheiro intenso a lenha queimada, proveniente da lareira que crepitava nos dias frios de inverno. Em frente, havia um sofá cinzento muito confortável, onde eu passava as tardes a ver filmes ou a ler um livro.
À direita da sala situava-se a cozinha que tinha uma mesa redonda coberta por uma toalha branca com detalhes amarelos. No centro da mesa havia uma fruteira repleta de fruta suculenta. Pairava no ar o cheiro de ervas aromáticas, penduradas na chaminé, misturado com o aroma das especiarias utilizadas pela cozinheira.
O meu quarto ficava no andar de cima, onde entrava a luz do sol pelas janelas e pela porta da varanda. A cama tinha um lençol branco e uma colcha florida. Junto da cama existia uma mesinha de cabeceira com um belo candeeiro de porcelana. Por cima de uma cómoda de madeira envelhecida avistava-se uma reprodução de um quadro de Klimt.
Carolina Cabral, 8.º A
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